Fatores Externos que Valorizam ou Depreciam um Imóvel
Assim como qualquer produto, quem determina o valor de um imóvel é o mercado. A principal regra, é claro, está na Lei da Oferta e Procura. Ela estabelece o preço de acordo com o número de interessados e a quantidade de produtos disponíveis. No mercado imobiliário, a lógica funciona mais ou menos assim: quanto mais pessoas se interessarem por morar em um determinado bairro, o preço dos imóveis locais tendem a subir.
Nos últimos anos, o Brasil passou por um boom imobiliário. Segundo levantamento do Banco de Compensações Internacionais (BIS, sigla em inglês), os empreendimentos no país ficaram 121,6% mais caros entre 2008 e 2013. Foi a maior valorização imobiliária do mundo no período. A boa fase da economia na época, a facilidade de crédito imobiliário e o déficit habitacional ajudam a explicar o aumento dos preços.
Segundo especialistas, a fase do boom está acabando. O mesmo estudo mostra o Brasil na 22ª colocação no último semestre de 2013 e a tendência é que o setor não repita o mesmo desempenho no final deste ano. Um dos principais motivos está no fato que o mercado imobiliário está diretamente ligado à economia nacional (que anda em ritmo lento).
Para quem é proprietário, corretor ou investidor, conhecer como funcionam as leis desse mercado é fundamental. É preciso avaliar, também, os fatores externos, como segurança e serviços disponíveis, que tornam uma região mais prestigiada e procurada do que outras.
Fatores externos que valorizam
A maioria das pessoas sonha em morar em regiões próximas do trabalho e de onde estudam. Em grandes metrópoles, como o trânsito está caótico, morar próximo de estações de metrô, de bancos e de supermercados é um atrativo a mais para um bairro. Com certeza, esses serviços por perto elevam bastante a procura e, consequentemente, o preço de um imóvel.
Porém, Décio Chiaradia, franqueado da unidade Leardi Jardim Paulista, lembra que nem sempre esses fatores externos ajudam. Para ele, essa lógica se enquadra muito bem com os imóveis de padrão médio. “Quando falamos em casas de luxo, de imóveis de altíssimo padrão, estações de metrô e supermercados por perto têm o efeito contrário, porque esse público prefere morar em áreas mais sossegadas”, explica o franqueado.
Fatores externos que depreciam
Agora, existem aspectos que desvalorizam qualquer imóvel, como cemitérios e favelas. Por conta do barulho, avenidas de grande fluxo, feiras e presença de transporte público farto podem depreciar os imóveis residenciais. No entanto, esses fatores podem elevar o preço de salas comerciais, já que ajudam no fluxo de funcionários.
Mesmo prédio, diferentes preços
É possível, ainda, encontrar apartamentos de um mesmo prédio com preços mais elevados do que outros por uma série de razões. Uma vista mais “limpa” pode valorizar bastante o imóvel. Para se ter uma ideia, os últimos andares podem custar, ainda na planta, 10% mais caros do que os apartamentos mais baixos.
Essa diferença no preço também leva em consideração as influências sonoras. Quanto mais alta for a unidade, menores são os ruídos do comércio e do trânsito na rua e maior a sensação de mais segurança.
Uma pessoa pode encontrar essa divergência de preços nos prédios mais antigos também. Aqui, há outros motivos. “Primeiro, porque alguns moradores já reformaram e modernizaram a unidade e outros não”, observa Chiaradia. Por fim, nas construções antigas, você encontra apartamentos com diferentes números de dormitórios no mesmo edifício.
Fonte: Blog Leardi