Levantamento realizado pelo Inpespar, com base nos anúncios em classificados de mais de 930 imobiliárias, mostra valorização acima da inflação. Foz do Iguaçu ficou em primeiro lugar, seguida por Cascavel e Maringá

Imóveis usados à venda em todo o Paraná apresentaram valorização superior à inflação oficial no acumulado dos últimos 12 meses, que ficou em 6,6%. É o que mostra o último levantamento realizado pelo Instituto Paranaense de Pesquisa de Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) do Secovi-PR.

A pesquisa é realizada mensalmente com base nos imóveis e valores divulgados por mais de 930 imobiliárias das cidades pesquisadas. Dentre elas, Foz do Iguaçu foi onde ocorreu a maior valorização (18% na cidade, ou seja, cerca três vezes o acumulado do IPCA no período) nos imóveis residenciais. Depois de Foz, Cascavel apresentou a segunda valorização mais alta (11,4%), seguida por Maringá (10,9%), Londrina (9,3%) e Curitiba (7,9%), segundo análise do presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR,  Maurício Ribas Moritz.

Já com relação aos imóveis comerciais, Londrina apresentou a maior valorização com quase 24%, seguida por Maringá (14,9%), Curitiba (14,2%) e Londrina (10,4%). Ainda segundo Moritz, com relação ao volume destes imóveis, o estudo mostra crescimento em Curitiba (38%), Londrina (32%) e Cascavel (26%).

Londrina também liderou a valorização dos terrenos, com 16,6% no acumulado, seguida por Cascavel (12,4%), Curitiba (10,5%) e Maringá (7,3%).

Segundo o vice-presidente da regional Noroeste do Secovi, Alexandre Guimarães Nicolau, o fato de ocorrerem diferentes valorizações entre as cidades avaliadas não representa especificamente que os valores dos imóveis estão mais altos onde houve a maior valorização. "O que acontece são movimentos de preços próprios de cada região conforme a realidade local nos quais há ajustes por eventuais defasagens, equilíbrio entre oferta e demanda e outras características próprias de cada cidade", pontua.

"O investimento em imóveis é de longo prazo, mas nunca dá prejuízo", afirma o presidente do Secovi-Pr Luís Antônio Laurentino.

Fonte: O Diario