Manter imóveis bem pintados, com a manutenção em dia e contar com a assessoria de uma imobiliária, com corretores capazes de orientar o locador ou vendedor e definir a melhor estratégia ao público do imóvel, fazem toda diferença quando o assunto é velocidade na negociação. Afinal, imóvel encalhado é dinheiro parado, e pior gera gastos desnecessários.

Além de manter documentação em dia, o policial aposentado capitão Mario Tsutsui, que é proprietário de alguns imóveis em Maringá, toma outros cuidados. Ele conta que em menos de 30 dias conseguiu locar dois apartamentos, graças ao bom estado de conservação dos imóveis e ao serviço de triagem que a imobiliária da qual é cliente faz. "A imobiliária tem uma boa carteira de clientes e disponibiliza um técnico que avalia o imóvel e providencia inclusive os consertos, se necessário", conta. Ao preço justo, as boas condições do imóvel, soma-se ainda o fator localização. "Isso facilita, mas tem que ter um bom parceiro para orientar e buscar bons locatários", diz.

Segundo o vice-presidente do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi) da regional noroeste do Paraná, Alexandre Guimarães Nicolau, que integra o Comitê Imobiliário do Secovi, vários fatores interferem na velocidade com que um imóvel é locado ou vendido na cidade.

Ele explica que há determinadas regiões em que a locação ocorre mais rapidamente e outras não, então o tempo em que um imóvel é alugado ou vendido pode variar muito. No entanto, cuidados como os que Mitsui já elencou ajudam a diminuir o tempo de espera.

Quanto às locações, ele explica que o valor estipulado faz diferença. "Precisa estar dentro da realidade, de acordo com a região em que um imóvel se encontra e seu estado de conservação. Deve haver um equilíbrio entre localização e condições do imóvel", diz. Ele acrescenta que, não raro, proprietários tendem a estabelecer valores que estão fora da realidade, fazendo avaliações prematuras, principalmente quando se trata de venda, e isso acaba travando o negócio.

Nicolau aconselha proprietários de imóveis a procurarem imobiliárias que realizam um trabalho sério para fazer a avaliação de um imóvel. "Desconfie daquelas que colocam um valor muito alto", orienta.

Outra preocupação das imobiliárias é filtrar locatários. Requisitos são estabelecidos, a exemplo de fiadores, para garantir que o aluguel será pago, as exigências variam entre as empresas. Com uma carteira de clientes que atendem aos requisitos, a locação acontece de maneira mais rápida.

Também é preciso manter os reparos em dia. Pintura, fechaduras e móveis em mal estado de conservação, por exemplo, espantam o locatário e desvalorizam o imóvel. Nicolau ressalta que ao optar por uma administradora de imóveis há taxas, mas que, segundo ele, compensam, já que erros são evitados. Hoje, essa taxa gira em torno de 10%, podendo ser mais alta, caso a imobiliária garanta o pagamento do aluguel.

Em relação à venda dos imóveis, Nicolau ressalta a importância de toda a documentação estar regularizada, sem nenhuma restrição. E como no caso dos aluguéis, é preciso estabelecer valores compatíveis com a localização e estado do imóvel, considerando a comissão do corretor, que deve ser credenciado junto ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), e os custos tributários. "Muitas vendas caem na hora de fazer a escritura".

Quanto a imóveis comerciais, os cuidados devem ser os mesmos. Somente quanto aos móveis (importante para imóveis residenciais), não há tanta exigência, pois nesses casos as salas costumam ser adaptadas.

Fonte: odiario.com